Por Sergio Santana
“Ser ingênuo é apanágio da ignorância e da inexperiência,
perigosa condição que favorece a queda no mal.” (*)
Em meio à intensa e variada ordem de comportamentos viciosos, inconsequentes, muitas vezes malévolos, nos vemos compelidos a recorrer à boa dose de malícia, a fim de nos protegermos de tais influências perniciosas. Há pessoas, entretanto, que confundem tolerância com ingenuidade, malícia com inclinação para o mal. Dediquemo-nos a pensar um pouco mais sobre o assunto.
Considerando que o objetivo almejado é o de garantir a defesa da própria integridade, não hesitemos em nos fazer maliciosos o suficiente para perceber o mal que permeia o nosso cotidiano, tomando, assim, as providências necessárias para dele nos afastar. Compreendida por este ângulo de observação, a malícia nada tem a ver com postura inferior, ao contrário, constitui obrigação a ser assumida por quem deseja contribuir para a edificação do bem.
Reflexão propiciada na palestra pública do Instituto Salto Quântico,
em 19 de julho de 2015.
(*) Trecho de “Malícia”
Benjamin Teixeira de Aguiar pelo Espírito Eugênia-Aspásia
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