Por Sergio Santana
“A verdadeira
inteligência não se restringe a enxergar o mal: é bastante perspicaz para ir
além dele, e vislumbrar os significados profundos e as finalidades últimas de
bem, em cada expressão de mal descoberta.” (*)
Há um
entendimento relativamente comum em nossa sociedade de que pessoas com traço
questionador e crítico são mais inteligentes. De fato, deve-se reconhecer que
aquele que se dedica a ampliar os horizontes do conhecimento acaba, pelo
acúmulo de informações e conceitos, desenvolvendo a capacidade de enxergar o
que geralmente passa desapercebido aos olhos de indivíduos com menor nível intelectual.
Ainda que
consideremos como legítima essa relação entre inteligência e maior criticidade
não podemos inferir que todo aquele que muito suspeita está com a razão. Muitas
vezes, podemos estar diante de um céptico sistemático, que não consegue
acreditar em nada, ainda que lhe sejam apresentadas todas as evidências. Outras
vezes, tratam-se tão só de indivíduos desonestos que enxergam em todos à sua
volta o que, na verdade, existe em si mesmos. Fiquemos atentos! Quem é
realmente inteligente consegue ver o bem em análises mais profundas do mal
aparente.