Por Sergio Santana
“A defesa honesta e justa, sem a preocupação de desempenhar
papéis socialmente agradáveis, é das mais excelentes formas de dispensar amor e
esclarecimento à mais carente das criaturas: quem sofreu a queda na hostilidade
gratuita, pela projeção infeliz de suas mazelas íntimas.” (*)
A todo o tempo estamos procurando razões para termos razões, ou,
em outras palavras, desejamos muito mais provar que estamos certos para nós
mesmos e para os outros, do que agir, de fato, com acerto. É uma tendência
humana e a diferença entre cada um desses modos de agir, em exame superficial,
pode parecer desimportante, mas as suas consequências não o são.
Mais do que buscar a aprovação, seja de nosso ego ou das
convenções sociais, devemos atender aos reclamos da consciência. Quando
verdadeiramente lhe seguimos os alvitres, somos premiados com o que realmente
importa: o sentimento gratificante de paz interior e a mais profunda sensação
de dever cumprido.