Por Sergio Santana
“A maior e verdadeira, e, em
realidade, única traição que existe é a traição de si. Ninguém trai companheiros:
trai a própria consciência.” (*)
Ao falarmos em traição, ao menos
duas concepções costumam se apresentar: a infidelidade conjugal e as decepções
no terreno da amizade. Percebe-se também que é sempre mais fácil lembrar de
imediato de quem nos tenha traído. Meditar cuidadosamente sobre nossas próprias
falhas não é uma atitude muito comum. Aliás, a traição que muitos julgam ter
sofrido, muitas vezes nem ocorreu de fato, e se quisermos uma referência segura
para identificá-la devemos nos perguntar: houve mesmo falha de lealdade?
Empenhemo-nos dia a dia na busca
pelo autoconhecimento, a fim de que nossas críticas não estejam exclusivamente
apontadas para fora. Meditemos sobre traições sofridas, sim, isso é importante
para nos defendermos, mas, muita cautela para não trairmos a nós mesmos, a nossa
consciência.
Veja a ilustração em vídeo.