O melhor caminho

Por Sergio Santana

“Não há atalhos para a felicidade, porque não os há para a sabedoria e o autoconhecimento em profundidade.” (*)

Sob o desejo de empreender conquistas importantes para o nosso espírito, colocamo-nos a caminhar, julgando-nos suficientemente determinados a cumprir o itinerário que a vida nos apresente. Todavia, quando trilhas pedregosas ou subidas íngremes surgem diante de nós, somos tentados a buscar atalhos que nos garantam o menor esforço.

É certo que devemos buscar soluções criativas para os percalços da caminhada, evitando infrutíferos desperdícios de energia. Entretanto, estaríamos incorrendo em grave erro se a rota mais fácil, em verdade, representasse o descanso excessivo ou a distração paralisante.  O desafio, portanto, consiste na escolha que faremos pela melhor alternativa, aquela que nos trará maior aprendizado e consequente realização íntima.

Reflexão propiciada na palestra pública do Instituto Salto Quântico, 

em 18 de outubro de 2015.

(*) Trecho de “Atalho para a felicidade”

Benjamin Teixeira de Aguiar

pelos Espíritos Gustavo Henrique e Matheus-Anacleto

Convites ao crescimento

Por Sergio Santana 

“Não há muito que se dizer à criatura que não pretenda enfrentar, com esforço e continuidade, seus problemas, encarando-os como instigantes convites da vida ao crescimento e ao aprendizado.” (*)

 Problemas fazem parte da rotina de qualquer indivíduo, não importando idade, sexo ou classe social. Sem dúvidas, há aqueles que os enfrentam em maior frequência e intensidade, enquanto outros desfrutam de maior tranquilidade em seus dias. Meditemos sobre a finalidade das provações em nossas vidas.
As situações problemáticas a que somos chamados a resolver devem ser encaradas como exercícios destinados ao nosso adiantamento, ou ainda, testes que avaliam nossa capacidade de ascender a níveis mais altos de maturidade. Desenvolvemos aptidões para mudarmos de “ano” na escola da existência, na medida em que conquistamos as habilidades necessárias para encarar “matérias” de estudo mais complexas. Nesse processo educativo, alguns se exercitam mais, outros negligenciam suas tarefas. Ambos estão aprendendo, mas em ritmos e com resultados a médio e longo prazos bem diferentes.

 Reflexão propiciada na palestra pública do Instituto Salto Quântico, 

 em 11 de outubro de 2015. 

 (*) Trecho de “Rápida aula da diva grega” 

Benjamin Teixeira de Aguiar 

pelo Espírito Eugênia-Aspásia

Diante da luz

Por Sergio Santana

“Seja Luz, em vez de reivindicar a Luz alheia. Quem já é realmente do Bem acende a lamparina de si próprio(a), antes de vigiar as sombras do(a) semelhante.” (*)

Quando nossos olhos se encontram já acostumados com a escuridão, a luz que retorna depois de certo período de tempo lhes causa acentuado desconforto. A metáfora é bastante útil para compreendermos a questão da estranha, mas não rara, resistência à manifestação do Bem. Uma possível explicação para essa curiosa reação reside no fato de que as bênçãos de amparo e orientação enviadas pelo Céu se fazem sempre acompanhar por idêntica parcela de responsabilidade.

Estejamos certos. Não há privilégios ou favorecimentos gratuitos no Plano Superior de existência. O auxílio prestado a cada um está intimamente ligado às novas possibilidades que o beneficiário terá ao seu alcance para estender a graça aos que lhe cercam. Não é difícil entender essa lógica do Alto, basta que recordemos do sábio ensinamento do Mestre Jesus: E, a qualquer que muito for dado, muito se lhe pedirá. (Lucas 12:48).

Reflexão propiciada na palestra pública do Instituto Salto Quântico, 

em 4 de outubro de 2015.

(*) Trecho de “Luz em si, luz nos outros”

Benjamin Teixeira de Aguiar

e Amigos Espirituais

O momento da repreensão

Por Sergio Santana

“A defesa honesta e justa, sem a preocupação de desempenhar papéis socialmente agradáveis, é das mais excelentes formas de dispensar amor e esclarecimento à mais carente das criaturas: quem sofreu a queda na hostilidade gratuita, pela projeção infeliz de suas mazelas íntimas.” (*)

Não é fácil, ao menos para boa parte das pessoas, posicionar-se com firmeza em certas situações da existência. O desejo de ser agradável, de evitar contendas que trazem aborrecimentos, é uma tendência relativamente comum. Entretanto, ninguém discute a necessidade da justa repreensão como mecanismo de defesa e importante ação educativa.

Há, todavia, um ponto muito importante a se considerar diante deste tema que norteia nossas reflexões. É necessário não confundir firmeza com ofensa, defesa justa com ímpeto de revide. É sempre recomendável fazer a leitura dos próprios sentimentos para avaliar o que realmente está nos motivando a agir de modo mais assertivo e, para isso, sabemos que é fundamental o autoconhecimento. Se pudéssemos resumir tal alerta numa dica, diríamos: No impulso de falar, medite se não é hora de conter-se. Se lhe agrada a ideia de calar e buscar a neutralidade, reflita se não está sendo omisso.

Reflexão propiciada na palestra pública do Instituto Salto Quântico, 

em 27 de setembro de 2015.

(*) Trecho de “Amor e defesa justa”

Benjamin Teixeira de Aguiar

e Amigos Espirituais