Substituindo a reclamação

Por Sergio Santana

“Em vez de reclamar que alguma coisa esteja ruim, veja o que, em termos práticos, 

pode fazer para resolver a questão. Senão, verifique de que modo pode se compensar pela frustração que o entristece. Note o lado belo da vida, os aspectos positivos, os favores, 

os benefícios com que a vida o brinda. Saia de si e observe a dor e a carência dos outros, 

e vai reconhecer como é feliz e não percebia.” (*)

Motivos não faltam nesse mundo para os que apresentam tendência a se julgarem vítimas, sejam de pessoas ou circunstâncias. Quem já alcançou algum nível de amadurecimento psicológico, todavia, consegue reconhecer o quanto é contraproducente tal postura por inviabilizar processos importantes de aprendizado e crescimento. Ninguém que se sinta o “coitadinho” pode realizar o que a consciência lhe pede, já que fez a escolha pela reclamação, em detrimento da ação deliberada no sentido de resolver suas pendências.

Assim, trabalhemos por enxergar os eventos mais difíceis de nossa passagem pela Terra com os olhos da lucidez. Podemos nos somar à grande massa dos cultuadores da lamentação inoperante, ou assumir efetivamente nossas responsabilidades, fazendo tudo o que estiver ao nosso alcance para superar a crise que hora atravessamos. Lembremos: a Misericórdia Divina não nos nega o amparo necessário, mas, com finalidade educativa, não remove os obstáculos que podemos vencer por meios próprios.

Reflexão propiciada na palestra pública do Instituto Salto Quântico, 

em 20 de dezembro de 2015.

(*) Trecho de “Felicidade sem adiamentos”

Benjamin Teixeira de Aguiar

pelo Espírito Eugênia-Aspásia

Prece e gratidão

Por Sergio Santana

“A prece deve partir de um alicerce de gratidão e louvor a Deus, 

que sustente nossos eventuais pedidos ao Alto.” (*)

Ao nos dedicarmos ao sagrado recurso da prece, não podemos nos esquecer de que ela constitui uma fonte de comunhão com o Divino. Sendo assim compreendida, podemos usufruir de seus efeitos salutares capazes de garantir vitalidade para a alma imortal que todos somos em essência.

Para não incorrermos em erro sacrílego, contudo, entendamos que a oração não pode ser encarada como meio para manifestarmos tão somente nossa extensa relação de pedidos. É claro que as súplicas também integram o roteiro de quem ora, mas se compreendemos que Deus conhece as nossas reais necessidades, a atitude mais coerente e lúcida deve ser a da receptividade diante do que o Alto nos reserva. Gratidão! Esse deve ser o sentimento dominante quando nos valemos da prece, alimento fundamental para o nosso espírito, condição essencial para a felicidade.

Reflexão propiciada na palestra pública do Instituto Salto Quântico, 

em 13 de dezembro de 2015.

(*) Trecho de “Alicerce para a oração”

Benjamin Teixeira de Aguiar

pelos Espíritos Eugênia-Aspásia e Temístocles

Temendo o Criador?

Por Sergio Santana

“O Criador almeja, para suas criaturas, evolução e não atendimento a caprichos mesquinhos e fúteis da primeira infância espiritual, muito embora, paradoxalmente, reconheça necessidades psicológicas elementares, para cada estágio evolutivo em que cada criatura se encontra.” (*)

Deus é infinita bondade e perfeita inteligência! Então, por que tantas pessoas se comportam como se temessem ao Criador? Será a voz da consciência a nos falar sobre responsabilidades não assumidas, deveres não cumpridos? Ou se trata de uma questão de sintonia no âmago do coração? Quem muito mente, por exemplo, acaba por não acreditar nas pessoas em sua volta. Julga o outro a partir das próprias deficiências. Assim, a dificuldade em compreender a luz Divina como pai/mãe de todos nós, também pode ser explicada pela afinidade que tenhamos com o mal.

O desconforto diante do tema que trazemos como fomentador de nossas reflexões nos aponta para a importância da meditação profunda. No dial dos sentimentos como anda nossa sintonia? Sentimo-nos atraídos pelas expressões legítimas do bem? Ou gastamos o precioso tempo de uma vida presos a emoções inferiores que nos arrastam para baixo?

Reflexão propiciada na palestra pública do Instituto Salto Quântico, 

em 6 de dezembro de 2015.

(*) Trecho de “Por que Deus não me atende?”

Benjamin Teixeira de Aguiar

Consciências livres

Por Sergio Santana

“Seja bem-vindo à era da incerteza – traduza-se: à era da liberdade, da criatividade e da plena responsabilidade individual pela própria existência,

seu destino e seu legado à humanidade.” (*)

Quem deseja poder sobre terceiros, ainda que o manifeste inconscientemente, não se agrada ao perceber as manifestações de uma consciência que aos poucos se liberta. Aqueles que estão fechados a questionamentos, os que se incomodam com opiniões diversas das suas, mostram que se encontram nessa doentia sintonia da posse.

Há, infelizmente, expressões religiosas que revelam essa deficiência. Seus dogmas não deixam espaço a reflexões mais profundas e o adepto muitas vezes se vê forçado a aceitar uma ideia, não pela riqueza e consistência de um princípio, mas por uma força que arbitrariamente alguns resolveram chamar de “misteriosos caminhos de Deus”. A Espiritualidade legítima, ao contrário, prima pela liberdade de consciência. Não espera obediência cega e submissa, mas mentes lúcidas e corações abertos.

Reflexão propiciada na palestra pública do Instituto Salto Quântico, 

em 29 de novembro de 2015.

(*) Trecho de “Quebra de fluxo ou obstáculo a ser transposto?”

Benjamin Teixeira de Aguiar

pelo Espírito Eugênia-Aspásia

Nossa missão

Por Sergio Santana

“Todos devemos ter metas definidas, ou somos definidos por Inteligências externas, normalmente as forças do 'contra', já que as Potências Divinas aguardam a nossa decisão pessoal, jamais invadindo o campo do foro íntimo de cada qual.” (*)

O que nos trouxe à presente experiência física? Qual é a nossa missão existencial? Essas indagações devem fazer parte de nossas reflexões, se já revelamos compreensão mais clara da vida, intuindo seus propósitos mais sublimes e profundos. Não pensar a respeito de tão importante assunto pode nos manter distantes de nosso ideal e, por conseguinte, de nossa mais legítima realização pessoal.

Façamos, portanto, um investimento sério e persistente no sentido de descobrir a nossa vocação. Não poupemos esforço e tempo no trabalho delicado de ouvir a voz da consciência. É ela que nos orienta a fazer o que realmente devemos. E se você não encontra sua missão, fique alerta! Será que está se recusando a aceitá-la?

Reflexão propiciada na palestra pública do Instituto Salto Quântico, 

em 22 de novembro de 2015.

(*) Trecho de “Missão existencial”

Benjamin Teixeira de Aguiar

pelo Espírito Eugênia-Aspásia