terça-feira, 6 de outubro de 2015

O momento da repreensão


Por Sergio Santana

“A defesa honesta e justa, sem a preocupação de desempenhar papéis socialmente agradáveis, é das mais excelentes formas de dispensar amor e esclarecimento à mais carente das criaturas: quem sofreu a queda na hostilidade gratuita, pela projeção infeliz de suas mazelas íntimas.” (*)

Não é fácil, ao menos para boa parte das pessoas, posicionar-se com firmeza em certas situações da existência. O desejo de ser agradável, de evitar contendas que trazem aborrecimentos, é uma tendência relativamente comum. Entretanto, ninguém discute a necessidade da justa repreensão como mecanismo de defesa e importante ação educativa.

Há, todavia, um ponto muito importante a se considerar diante deste tema que norteia nossas reflexões. É necessário não confundir firmeza com ofensa, defesa justa com ímpeto de revide. É sempre recomendável fazer a leitura dos próprios sentimentos para avaliar o que realmente está nos motivando a agir de modo mais assertivo e, para isso, sabemos que é fundamental o autoconhecimento. Se pudéssemos resumir tal alerta numa dica, diríamos: No impulso de falar, medite se não é hora de conter-se. Se lhe agrada a ideia de calar e buscar a neutralidade, reflita se não está sendo omisso.


Reflexão propiciada na palestra pública do Instituto Salto Quântico
em 27 de setembro de 2015.

(*) Trecho de “Amor e defesa justa

Benjamin Teixeira de Aguiar
e Amigos Espirituais


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