Por Sergio Santana
“Quanto menos amamos, mais buscamos poder sobre situações e/ou pessoas. O amor a que aludimos inclui vocação, serviço aos semelhantes, em qualquer atividade a que nos dediquemos.” (*)
O poder se manifesta em nossas vidas sob diferentes roupagens nem sempre claras à nossa percepção. Costumamos associá-lo ao dinheiro, aos cargos de chefia na esfera empresarial, ou às posições de destaque dentro da política. Contudo, notemos que ele transita também em outros departamentos da existência e, como dissemos acima, não está tão óbvio para expressiva parcela dos indivíduos.
Foquemos no exemplo do desejo de poder que muitos pais pretendem ter sobre seus filhos. Alguém então poderá dizer – mas isso não é natural? A brilhante citação que abre esse despretensioso texto já nos responde à questão, mas, ousemos colocar em outras palavras: Quanto mais desejo ter poder sobre as pessoas, mais revelo não amá-las de verdade. Exerçamos a nossa autoridade junto àqueles por quem somos responsáveis, mas jamais confundamos esse dever sagrado com o desejo inconfessável de controle sobre terceiros.
Reflexão propiciada na palestra pública do Instituto Salto Quântico,
em 20 de setembro de 2015.
(*) Trecho de “A motivação profunda ao poder”
Benjamin Teixeira de Aguiar
pelo Espírito Eugênia-Aspásia
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