terça-feira, 1 de setembro de 2015

Distanciamento saudável


Por Sergio Santana

“Não se trata de rejeitar pessoas, mas sim de lhes dar a legítima liberdade de prosseguirem, como elas mesmas desejam, casadas e fiéis a seus defeitos e perversidades socialmente aceitas, tanto quanto nos autorizamos conquistar novo nível de compromisso com metas, prioridades e valores mais altos.”(*)

Durante certo tempo, nossos relacionamentos podem nos parecer apropriados, satisfazendo nossas necessidades de afeto e de partilha de interesses. Contudo, à medida que avançamos no correr dos anos, e especialmente quando adentramos a adultidade psicológica, podemos notar que as afinidades vão se tornando escassas, que não mais nos sentimos na mesma sintonia com o outro. Estaremos, então, diante de uma grave decisão a ser tomada: manter uma proximidade incapaz de nos preencher e que até pode gerar prejuízos de parte a parte, ou adotar a distância saudável para ambos os lados.

Se optarmos pelo afastamento, ainda que conduzido lenta e progressivamente, será bem provável ouvir os protestos e lamúrias de quem ainda não compreendeu a necessidade ingente da mudança. Fiquemos em paz. Seguir a consciência significa traçar a rota para própria felicidade, mas, ao mesmo tempo, consiste igualmente em desagradar aos que não desejam, ou não podem, nos acompanhar na caminhada que escolhemos.


Reflexão propiciada na palestra pública do Instituto Salto Quântico
em 23 de agosto de 2015.


Benjamin Teixeira de Aguiar,
pelo Espírito Roberto Daniel

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