segunda-feira, 19 de julho de 2010

O Perdão

Nosso senhor Jesus recomendou que perdoássemos nossos ofensores não sete, mas setenta vezes sete vezes. Qual seria o limiar entre perdoar e ser condescendente com as agressões alheias? Para encontrarmos a resposta a esta indagação devemos consultar a voz de nossa consciência, considerando, por exemplo, que o perdão, em muitos casos, não significaria aceitar alguém em sua intimidade, mas agir de modo fraterno, ainda que à distância, vibrando e orando pelo bem do outro, por entender que a proximidade poderia gerar conflitos ainda maiores. Devemos ainda entender que é prudente nos afastarmos quando nosso interlocutor não demonstra disposição em chegar a um consenso, mas apenas prolonga uma contenda com a intenção de agredir. Da mesma forma, momentos surgirão em que será necessário silenciar quando notarmos que nosso agressor não está em condições psicológicas de ouvir nossas considerações.

Fazendo isso, estaremos mais próximos do acerto nas diversas relações com nossos irmãos em humanidade, perdoando indefinidamente conforme nos ensinou o mestre dos mestres, mas jamais compactuando com o mal.



Reflexão propiciada na palestra pública do Instituto Salto Quântico em 18 de Julho de 2010.





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