sábado, 24 de dezembro de 2011

Eu? Suicida?




Por Sergio Santana

Os casos de pessoas que, intencionalmente, põem termo à própria vida, causam profunda comoção em qualquer um que porte o mínimo de sensibilidade. Todavia, este não é o único sentimento despertado pela ocorrência sinistra. Ela também pode suscitar impressões pouco edificantes em relação ao suicida, quando, por exemplo, supomos tratar-se de pessoa covarde e egoísta. Mas, meditemos cuidadosamente sobre o assunto. Muitas de nossas atitudes e comportamentos não estariam revelando, em algum nível, um desejo oculto de aniquilar a própria existência?
A forma como conduzimos o veículo, os excessos da alimentação, e toda sorte de exposição a riscos desnecessários podem nos oferecer a resposta.
Se em algum momento cedemos à tentação do julgamento indevido de nossos irmãos de jornada evolutiva, não deixemos de fazer, em contrapartida, detalhado exame na própria consciência. Nossa postura diante da vida nos fala sobre a real importância que votamos a ela.

Reflexão propiciada na palestra pública do Instituto Salto Quântico, em 18 de dezembro de 2011.

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