Por Sergio Santana
Há, na Terra, pessoas viciadas em pedir
desculpas, assumindo mais responsabilidades sobre si do que deveriam, e
existem, em contrapartida, aquelas que nunca se julgam em ocasião de pedir
perdão, infantilmente atribuindo a terceiros e não às próprias decisões e
omissões os males que lhes acontecem. (*)
Não é pequeno o
número de pessoas que dilaceram suas almas pela imensa dificuldade em perdoar.
Entendem que a concessão do perdão representaria um prêmio para aquele que o
magoou. Será mesmo? Analisemos a questão com um pouco mais de profundidade. Com
o coração machucado por uma grave ofensa o indivíduo se deita com a raiva
tomando-lhe por dentro. Os pensamentos torturantes fervilham em seu cérebro, o
sono não vem. Quem está sofrendo mesmo?
Perdoe e liberte-se.
É difícil? Sim, exige esforço e boa vontade, mas os benefícios a médio e longo
prazo serão muito mais compensatórios. É preciso também compreender que perdoar
não significa fingir que nada aconteceu, mas enfrentar a dor com serenidade,
tomando as medidas necessárias para se proteger. Pensemos bem, quem gasta tempo
e energia com quem não lhe merece o afeto está sendo carrasco de si mesmo.
(*)
Trecho de O vício de desculpar-se e a
virtude do perdão, Benjamin Teixeira de Aguiar pelo Espírito Eugênia-Aspásia.
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