terça-feira, 5 de julho de 2016

Pena de morte



Por Sergio Santana

“Nosso primitivismo espiritual é que nos fomenta o desejo brutal de vingança, fazendo com que nos nivelemos ao bruto que pretendemos punir. ” (*)

Que razões costumam ser elencadas para sustentar a pena de morte? E, por outro lado, que argumentos apresentaríamos para provar que ela não deve ser adotada? Certamente encontraremos, em ambas as partes, defesas muito bem elaboradas, mas, tentemos observar o fato com a maior isenção possível a fim de extrair as lições que nos são realmente úteis.

Já está provado estatisticamente que tirar a vida dos infratores não reduz os índices de criminalidade nos lugares onde a pena capital se aplica. E se ela continua vigente, concluímos que devem haver outras motivações em sua base. Será a sanha do homem em aniquilar seu semelhante? Não é nosso objetivo alongar o debate sobre o acerto ou não da pena de morte, mas, tão somente, refletir sobre o que nos leva a desejar a morte de um outro ser humano. Voltemos nossos olhos um pouco mais para dentro de nós mesmos. Exercícios de autoconhecimento serão sempre bem-vindos quando desejamos realmente crescer.


Reflexão propiciada na palestra pública do Instituto Salto Quântico, em 26 de junho de 2016.

(*) Trecho de “Pena de morte”

Benjamin Teixeira de Aguiar

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