Por Sergio Santana
“Nosso
primitivismo espiritual é que nos fomenta o desejo brutal de vingança, fazendo
com que nos nivelemos ao bruto que pretendemos punir. ” (*)
Que razões costumam ser
elencadas para sustentar a pena de morte? E, por outro lado, que argumentos
apresentaríamos para provar que ela não deve ser adotada? Certamente
encontraremos, em ambas as partes, defesas muito bem elaboradas, mas, tentemos
observar o fato com a maior isenção possível a fim de extrair as lições que nos
são realmente úteis.
Já está provado
estatisticamente que tirar a vida dos infratores não reduz os índices de
criminalidade nos lugares onde a pena capital se aplica. E se ela continua vigente,
concluímos que devem haver outras motivações em sua base. Será a sanha do homem
em aniquilar seu semelhante? Não é nosso objetivo alongar o debate sobre o
acerto ou não da pena de morte, mas, tão somente, refletir sobre o que nos leva
a desejar a morte de um outro ser humano. Voltemos nossos olhos um pouco mais
para dentro de nós mesmos. Exercícios de autoconhecimento serão sempre
bem-vindos quando desejamos realmente crescer.
Benjamin Teixeira de Aguiar
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