quinta-feira, 6 de abril de 2017

Limites para o nosso Ideal



Por Sergio Santana

É preciso estar atento para que os delírios do ego não se interponham entre você e seu projeto de vida, aumentando-o, enfeitando-o com futilidades e inchaços que não correspondem a seu programa encarnatório mas, tão-somente, às fantasias megalomaníacas do personalismo, desviando-o, portanto, do que de fato deve fazer, com perigosas seduções. (*)

Seguir o nosso ideal... realizar com disciplina e determinação aquilo que diz respeito à nossa mais profunda vocação. Essas são atitudes que já reconhecemos como essenciais quando nos dispomos a viver a plenitude e a felicidade genuínas. Mas, qual seria o limite para esta vivência? Haverá um ponto que delimite até onde podemos chegar nessa jornada?

O estado de serenidade, a consciência em paz e o sentimento de dever cumprido são indicativos seguros de que estamos na rota mais acertada para as conquistas da alma. Por outro lado, é preciso reconhecer quando estamos nos violentando, nos impondo uma ordem de esforço para o qual ainda não nos achamos preparados. Não estabeleçamos o pico como meta, porque não conseguiremos nos manter ali por muito tempo. Prefiramos o nível ótimo dos planaltos, realizando o melhor, sem maiores riscos de queda.

Reflexão propiciada na palestra pública do Instituto Salto Quântico, em 19 de março de 2017.

(*) Trecho de “Dificuldades em atingir o ideal”

Benjamin Teixeira de Aguiar
Pelo Espírito Eugênia-Aspásia

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