Por Sergio Santana
Deus concede a cada
criatura a medida máxima do bem que possa suportar (ou possa absorver, sem se
desviar do caminho da iluminação), e autoriza tão só a mínima quota de mal
inapelavelmente necessário ao estímulo de seu crescimento espiritual. (*)
Ao perceber o mundo
mergulhado em tantas e tamanhas calamidades, sejam as sociais ou mesmo as de
ordem geofísica, nos colocamos a lamentar, chorosos, desesperançados, sem
acreditar que lograremos desfrutar de dias melhores, nem mesmo em futuro
distante. Existe uma falsa ideia de que ser inteligente é ser pessimista, notar
o mal que se imiscui aqui e ali. Todavia, mais lúcido e sábio é aquele que
consegue vislumbrar propósitos elevados em meio a situações as mais caóticas.
Não estamos soltos no
universo. Todas as coisas são sabiamente regidas pelo Ser Supremo. Ele/Ela
permite as ocorrências funestas porque são todas úteis ao nosso progresso. Um
pai ou professor consciencioso não eximiria um jovem de enfrentar as
consequências de seus atos, não lhes tomaria o lugar em momento de dor
necessária e inexorável. Diante de certas provações que a vida nos apresenta,
somos qual criança esperneando frente aos caprichos não atendidos, aos berros
por não compreender que nem tudo pode ser como deseja.
Benjamin Teixeira de Aguiar
pelo
Espírito Eugênia-Aspásia
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