quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Como crianças chorosas



Por Sergio Santana

Deus concede a cada criatura a medida máxima do bem que possa suportar (ou possa absorver, sem se desviar do caminho da iluminação), e autoriza tão só a mínima quota de mal inapelavelmente necessário ao estímulo de seu crescimento espiritual. (*)

Ao perceber o mundo mergulhado em tantas e tamanhas calamidades, sejam as sociais ou mesmo as de ordem geofísica, nos colocamos a lamentar, chorosos, desesperançados, sem acreditar que lograremos desfrutar de dias melhores, nem mesmo em futuro distante. Existe uma falsa ideia de que ser inteligente é ser pessimista, notar o mal que se imiscui aqui e ali. Todavia, mais lúcido e sábio é aquele que consegue vislumbrar propósitos elevados em meio a situações as mais caóticas.

Não estamos soltos no universo. Todas as coisas são sabiamente regidas pelo Ser Supremo. Ele/Ela permite as ocorrências funestas porque são todas úteis ao nosso progresso. Um pai ou professor consciencioso não eximiria um jovem de enfrentar as consequências de seus atos, não lhes tomaria o lugar em momento de dor necessária e inexorável. Diante de certas provações que a vida nos apresenta, somos qual criança esperneando frente aos caprichos não atendidos, aos berros por não compreender que nem tudo pode ser como deseja.

Reflexão propiciada na palestra pública do Instituto Salto Quântico, em 25 de dezembro de 2016.

(*) Trecho de “Inapelável justiça, irretorquível Lógica de Deus”               

Benjamin Teixeira de Aguiar
pelo Espírito Eugênia-Aspásia

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